A série The Legend of Zelda, desde suas origens, conquistou corações com suas jornadas épicas e desafios criativos. No entanto, além das narrativas cativantes e dos mundos ricos em detalhes, uma das marcas registradas da série é a evolução constante de sua jogabilidade. Desde os primeiros passos de Link no Nintendinho, a série abraçou a exploração e o mistério, oferecendo aos jogadores um mundo vasto e desconhecido para ser descoberto.
Nesta matéria, mergulharemos nas mudanças e inovações que ocorreram ao longo das diferentes iterações da franquia, das sagas iniciais de Link até as aventuras mais recentes.
A jornada inicial – The Legend of Zelda (NES)
Quando The Legend of Zelda foi lançado em 1986 para o Nintendo Entertainment System (NES), poucos poderiam prever a revolução que ele traria à indústria de jogos eletrônicos. A obra apresentou ao público um vasto mundo aberto, conceito raro naquela época, onde a exploração era a chave para o sucesso. A jogabilidade era desafiadora e intuitiva, encorajando os jogadores a desvendar segredos e desbravar masmorras cheias de enigmas e monstros.
Um dos aspectos mais notáveis da jogabilidade era a liberdade dada para explorar Hyrule. Não havia uma ordem estrita a seguir: os jogadores podiam escolher a direção em que se aventuravam, proporcionando uma sensação de escolha e descoberta. Além disso, o jogo introduziu uma variedade de itens e armas, desde o icônico escudo e espada até bombas e arcos. Esses itens não apenas auxiliavam na batalha, mas também eram essenciais para resolver quebra-cabeças nas masmorras.
A jogabilidade inicial em 2D estabeleceu as bases para a série: desafiar os jogadores a resolver quebra-cabeças de dungeons e enfrentar inimigos ferozes, enquanto exploram as vastas paisagens de Hyrule.

A transição para 3D – The Legend of Zelda: Ocarina of Time (N64)
A chegada de The Legend of Zelda: Ocarina of Time para o Nintendo 64 marcou um momento transcendental na história dos videogames. A mudança da jogabilidade bidimensional para um ambiente tridimensional foi um salto notável, que redefiniu as expectativas para os jogos de aventura. A jogabilidade em 3D permitiu que experimentássemos Hyrule de maneira mais imersiva, com uma profundidade e uma sensação de escala que eram inéditas até então.
Uma das maiores contribuições de Ocarina of Time foi a introdução do sistema de ” mira Z”, que revolucionou a maneira de lidar com os combates. Esse sistema permitiu que Link travasse seu foco nos inimigos, tornando as batalhas mais estratégicas e dinâmicas. Além disso, o jogo trouxe a inovadora mecânica de viagem no tempo, que permitia aos protagonista explorar tanto o mundo de Hyrule na infância quanto na idade adulta, adicionando profundidade à narrativa e às mecânicas de quebra-cabeças.
Outra adição notável foi a inclusão de instrumentos musicais, como a própria Ocarina do Tempo. Os jogadores podiam tocar diferentes melodias, cada uma com efeitos únicos no mundo ao seu redor. Essa mecânica não apenas aprimorou a jogabilidade, mas também contribuiu com a atmosfera e a imersão. Ocarina of Time estabeleceu um novo padrão para os jogos de aventura em 3D, solidificando sua posição como um marco na história dos videogames e influenciando gerações futuras de jogos da série e da indústria como um todo.

Mecânicas inovadoras – The Legend of Zelda: Wind Waker (NGC)
The Legend of Zelda: Wind Waker trouxe uma abordagem ousada à série, tanto visual quanto em termos de jogabilidade. A estética cel-shaded, que conferiu um visual mais cartunesco e vibrante, foi uma mudança marcante em relação às entradas anteriores da série. No entanto, foi a jogabilidade que realmente definiu Wind Waker como um capítulo único na saga de Link.
Uma das mecânicas mais inovadoras foi a navegação. Em vez de explorar um mundo predominantemente terrestre, os jogadores navegavam pelos vastos mares de Hyrule em busca de ilhas secretas e tesouros submersos. A mecânica do vento, controlada pela batuta mágica de Link, lhe permitia alterar a direção do vento para mover o barco. Essa abordagem não apenas introduziu novos desafios, como a possibilidade de encontrar criaturas marinhas hostis, mas também incentivou a exploração e a descoberta, criando uma sensação de aventura em alto-mar.

Além disso, Wind Waker trouxe o conceito do “Grande Mar”, um ambiente expansivo e interconectado repleto de ilhas para vasculhar. A liberdade de explorar o oceano, mergulhar nas profundezas e se lançar em missões secundárias trouxe uma sensação de mundo aberto ainda maior.
A exploração foi recompensada com descobertas variadas, desde minigames até personagens cativantes. Foi a partir de Wind Waker que a franquia mostrou a versatilidade de se reinventar, mantendo ao mesmo tempo os elementos essenciais que os fãs adoravam.
Liberdade e experimentação – The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Wii U/Switch)
The Legend of Zelda: Breath of the Wild representou uma mudança sísmica na abordagem da série à jogabilidade, redefinindo as expectativas para jogos de mundo aberto. Os jogadores foram colocados em uma Hyrule expansiva e repleta de possibilidades, onde a exploração é recompensada em todos os cantos do mapa. A habilidade de escalar quase qualquer superfície e a introdução das mecânicas de caça e culinária adicionaram uma camada de interatividade sem precedentes ao ambiente.
Uma das características mais notáveis de Breath of the Wild foi a liberdade dada para abordarmos os desafios da maneira que preferirmos. A variedade de armas e equipamentos oferece diferentes estilos de jogo, nos permitindo experimentar combates e estratégias únicas. Além disso, o sistema de física realista possibilitou interações criativas com o ambiente, desde empilhar objetos para alcançar áreas altas até criar armadilhas improvisadas para inimigos.

Uma nova era de poder e exploração – The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (Switch)
O mais recente lançamento da série, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, representa um marco impensável na evolução da jogabilidade da franquia. Ambientado após os eventos de Breath of the Wild, o jogo oferece uma visão de como Hyrule está se reerguendo após a Grande Calamidade. Com novos desafios, mecânicas e cenários, essa continuação se propõe a cativar tanto os fãs de longa data quanto os novatos de Zelda.
Uma das características mais empolgantes de Tears of the Kingdom é a introdução do braço mágico de Link, um elemento que concede ao herói habilidades incríveis. A capacidade de fundir objetos e armas expande a gama de estratégias de combate e resolução de quebra-cabeças, dando ainda mais maneiras de enfrentar desafios; e a habilidade de criar veículos e invenções através da habilidade de Fusão adiciona uma dimensão criativa única, permitindo que os jogadores personalizem sua abordagem e explorem o mundo de maneiras novas e únicas.

Além disso, a mecânica Ascend acrescenta uma dimensão vertical à exploração, permitindo que Link atravesse superfícies e montanhas, expandindo ainda mais os limites do mundo. A adição de ilhas flutuantes no céu e uma área subterrânea do tamanho de Hyrule cria uma sensação de diversidade geográfica sem precedentes. Essas mudanças não apenas adicionam mais oportunidades de exploração, mas também enriquecem a narrativa ao mostrar que Hyrule possui regiões que os fãs jamais teriam imaginado existir.
Tears of the Kingdom é um exemplo vívido de como a série continua a evoluir e se reinventar. A combinação de mecânicas inovadoras, um mundo expansivo e uma narrativa envolvente oferece uma experiência única, que honra as raízes da série enquanto avança em direção a novas e emocionantes fronteiras. Com a habilidade de criar, explorar e superar desafios de maneiras nunca antes imaginadas, Link está pronto para linkar os jogadores a uma nova era de aventuras em Hyrule.
Triforce da coragem para se reinventar
A constante evolução da franquia é uma prova viva do compromisso contínuo da Nintendo em desafiar as fronteiras da criatividade e da inovação. Desde os primeiros passos, na aventura 2D, até as complexas mecânicas em mundos abertos em três dimensões, a série tem demonstrado uma capacidade notável de se adaptar e crescer enquanto permanece fiel às suas raízes. A transição para o mundo tridimensional com Ocarina of Time abriu as portas para novas possibilidades, e títulos posteriores como Wind Waker e Breath of the Wild demonstraram a coragem em experimentar e reinventar uma fórmula própria.
A chegada de Tears of the Kingdom destaca mais uma vez a habilidade de se “reimaginar” e criar experiências envolventes e inovadoras. Essa jornada constante de evolução é o que mantém a série The Legend of Zelda fresca e emocionante, cativando jogadores de todas as gerações e garantindo seu lugar como uma das franquias mais amadas e influentes na história dos videogames.
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