Explorando Hisui: Descubra se a mais ambiciosa e inovadora aventura Pokémon no Nintendo Switch é para você

Caros leitores e aspirantes a pesquisadores da Pokédex, a chegada de Pokémon Legends: Arceus ao Nintendo Switch gerou um burburinho considerável na comunidade. Para ajudar a entender o que faz esse jogo tão diferente e até mesmo entender o que este título oferece, preparamos esta análise baseada no vídeo do canal Coelho no Japão.

Entendendo a Jornada em Hisui
Muitos se perguntam qual é o lugar de Legends: Arceus dentro do vasto universo Pokémon. É fundamental esclarecer que ele não é um remake. Os remakes de Diamond e Pearl, Brilliant Diamond e Shining Pearl, foram lançados para o Switch, consolidando essa distinção. Em vez disso, Legends: Arceus é uma história original. Ele se apresenta como o primeiro capítulo de uma POTENCIAL nova série paralela dentro da franquia Pokémon, a série Legends. Essa abordagem é comparada à de Metroid, que possui a série 2D (como Metroid Dread) e a série 3D Metroid Prime. Assim como a série tradicional de jogos Pokémon, que dá início às gerações, agora temos a série Legends.
Este título é, sim, canônico. Sua história faz parte da linha do tempo oficial da série principal, não sendo apenas uma narrativa isolada. A diferença crucial reside nas mecânicas e propostas, que se desviam significativamente da série comum que conhecemos.

A narrativa de Legends: Arceus nos leva de volta ao passado de uma região já familiar: Hisui, que eventualmente se tornará a região de Sinnoh, palco dos eventos de Diamond e Pearl. Embora seja uma história inédita, existem locais em comum com os jogos futuros, como o Monte Coronet. Curiosamente, vários personagens encontrados em Hisui são antepassados de figuras conhecidas de Diamond e Pearl. O jogo se passa em uma época onde os humanos ainda vêem os Pokémon como criaturas hostis. A ideia de ter um Pokémon de estimação ou um garoto de 9 anos com um Charizard simplesmente não existe ainda. O conceito de treinador Pokémon, como o conhecemos, ainda não havia sido criado.
Neste cenário, o jogo não foca em se tornar um mestre Pokémon da forma tradicional. Não há Liga Pokémon, Ginásios, ou o ciclo de progressão através de líderes. Em vez disso, a história gira em torno de algo que torna os Pokémon selvagens particularmente… bem, selvagens. Isso significa que encontrar um Gyarados de nível alto não resultará em uma batalha comum; ele vai atacar você. Sim, o jogo introduz um sistema de ação onde seu personagem precisa desviar dos ataques dos Pokémon. Chega de apenas assistir; se não tomar cuidado, você pode levar um “chocão na cara” haha. Além disso, há batalhas de chefe contra Pokémon super fortes.

A estrutura do jogo é muito mais aberta que a dos títulos tradicionais, mas não é um Open World completo. Você reside em Jubilife Village (a futura Jubilife City) e, a partir daí, aceita missões que o levam a grandes áreas abertas. Essas áreas possibilitam grande exploração e liberdade, mas você não pode transitar livremente entre elas, caracterizando um mundo semi-aberto.
A exploração nessas áreas é um ponto central: você passará tempo explorando, caçando Pokémon, colhendo recursos para criar itens como Pokébolas e observando os comportamentos dos Pokémon selvagens.

As batalhas Pokémon em si, apesar da adição da necessidade do jogador desviar de ataques no mundo de jogo, seguem sendo um RPG de turno. A base é a mesma: tipos têm vantagens e desvantagens (fogo vence planta, que perde para água, etc.), e seus Pokémon têm quatro ataques. No entanto, uma nova mecânica chamada “Styles” foi adicionada. Isso permite que você use um ataque no “Agile Style” para torná-lo mais rápido (potencialmente ganhando um turno extra) ou no “Strong Style” para aumentar seu poder. Essa adição abre novos leques de estratégia nas batalhas.

O jogo é focado exclusivamente no singleplayer. Não espere batalhas online ou um cenário competitivo. E competitivo de Pokémon continua forte em títulos como Sword e Shield. Legends: Arceus conta com muitas missões extras além da história principal, e possui um objetivo de 100% mais claro e definido do que os jogos tradicionais, que são feitos para serem mais constantes e ter um fator replay infinito. A narrativa e a personalidade dos personagens são mais profundas do que na série tradicional. Pela primeira vez em um jogo Pokémon, você não prevê a cada passo o que vai acontecer, fugindo da fórmula usual de “inicia jornada, conhece líderes, equipe vilã, impede vilão, vence a liga”.
Por que tanto hype da comunidade?

A comunidade Pokémon tem expressado, nos últimos anos, críticas sobre a repetição da fórmula e a falta de inovação e eis que Legends: Arceus surge como um respiro de ar fresco, trazendo inovações e melhorias há muito pedidas. Sendo uma experiência individual e parte de uma série paralela, a Game Freak, a produtora, teve mais liberdade para experimentar e criar, o que é crucial no desenvolvimento de jogos.
Vários portais de mídia têm elogiado o jogo, alguns chegando a chamá-lo de o melhor jogo de Pokémon em muitos anos. Entre as melhorias notáveis, destaca-se a velocidade e praticidade da interface, que agora é mais dinâmica e integrada ao sistema de mundo semi-aberto. Por exemplo, as batalhas começam de forma mais fluida, sem a vinheta de transição dos jogos anteriores. A imersão é um ponto forte. O jogo se propõe a ser mais um “simulador” de estar no mundo Pokémon: você precisa mirar para atirar a Pokébola, pode se esconder na grama, viajar usando montarias e, como mencionado, pode ser diretamente atingido pelos ataques dos Pokémon selvagens. Ele é consideravelmente mais “adventure” que os RPGs tradicionais da série, mesmo mantendo elementos de RPG.

Embora alguns fãs prefiram o foco no multiplayer, para aqueles que apreciam uma campanha forte ou desejavam um jogo singleplayer Pokémon de qualidade, Legends: Arceus é visto como a resposta a muitos anos de espera. Apesar das críticas à parte técnica, como gráficos de cenário e texturas em alguns momentos, o jogo atendeu a pedidos de jogadores, especialmente na melhora das animações, que agora são mais realistas e integram o Pokémon soltando o ataque e atingindo o alvo de forma mais direta.
A inteligência artificial dos Pokémon também foi aprimorada. Diferentemente de títulos anteriores onde todos os Pokémon selvagens simplesmente andavam aleatoriamente, em Legends: Arceus existem padrões de comportamento distintos; alguns são hostis, outros não.
Em termos de influências externas, o jogo parece ter uma influência do último Zelda, com uma sensação de “adventure” e exploração em áreas abertas. Alguns comparam a estrutura de missões a “Monster Hunter”, um fenômeno no Japão, e pode haver alguma influência nisso, mas a inspiração na essência do jogo parece mais ligada a Zelda. No entanto, Legends: Arceus também possui uma forte personalidade própria, não sendo apenas uma cópia.
Conteúdo e duração

Uma dúvida comum é sobre a duração do jogo. A campanha principal leva algumas dezenas de horas. As missões extras, especialmente as relacionadas a cada Pokémon na Pokédex, garantem que o jogo possa durar mais de 100 horas para quem busca completar tudo. Portanto, há bastante conteúdo para ser explorado.
Sobre a quantidade de Pokémon, o jogo apresenta pouco mais de 240. A escolha por um número menor, comparado ao total da Pokédex, permitiu refinar as animações e desenvolver melhor o comportamento de cada criatura. E com missões específicas para cada um, 240 Pokémon já representam uma quantidade considerável de conteúdo e objetivos.
Para aqueles que não gostaram de jogos Pokémon anteriores, Legends: Arceus pode ser uma nova chance. Se o problema era gráfico, talvez haja decepções pontuais, mas no contexto geral, a recepção ao jogo tem sido a melhor da franquia em muito tempo, com reviews extremamente positivas e notas altas.

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Análise em texto elaborada com base no roteiro do vídeo produzido por Pedroka em conjunto com a equipe Coelho no Japão, contando com revisão e aprovação de Rodrigo Coelho.
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