Review | Shadow of the Ninja – Reborn

Desenvolvedora: NatsumeAtari, TENGO PROJECT
Publicadora: ININ Games
Gênero: Plataforma, ação
Data de lançamento: 29 de agosto, 2024
Preço: R$ 107,49
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela ININ Games.

Revisão: Paulo César

“Shadow of the Ninja – Reborn” é um remake que traz de volta um clássico dos tempos de NES. Com a onda de remasterizações, remakes e reboots de jogos retrô, é sempre uma incógnita se o título em questão vai capturar a essência do original, ao mesmo tempo em que oferece algo novo e relevante para os jogadores modernos.

Um Retorno com Visuais Melhorados

Para os fãs do original (vocês existem?), Shadow of the Ninja – Reborn é um deleite visual. Os gráficos são um exemplo perfeito de como atualizar um jogo clássico sem perder sua identidade. A pixel art foi cuidadosamente refeita, com cenários que mesclam uma ambientação cyberpunk com toques de Japão feudal.

Além disso, a adição de um modo cooperativo multiplayer é uma grande vantagem. Em tempos onde o multiplayer local está cada vez mais raro, é refrescante ver um jogo que não só traz essa opção, mas a implementa de forma satisfatória.

Dificuldade Satisfatória

A dificuldade é um dos aspectos centrais de Shadow of the Ninja – Reborn. A curva de aprendizado é íngreme, e o jogo não faz questão de segurar a mão do jogador. O jogo te força a estudar o comportamento dos inimigos, a entender seus padrões de movimento e ataque, e a planejar cuidadosamente suas ações. Diferente de muitos jogos de plataforma, onde os inimigos seguem um padrão fixo, aqui eles demonstram um certo nível de inteligência, adaptando-se às ações do jogador e tornando a experiência de jogo mais dinâmica e imprevisível.

Existem Inimigos que são “gorilas-punk” por exemplo, que seguem o jogador escalando tetos e paredes para perseguí-lo, assim como existem inimigos “ninjas kappas” que esperam o momento certo para sair da água e pegar o jogador de surpresa. Essa abordagem mais estratégica faz com que cada encontro seja uma prova de habilidade e paciência, o que torna cada vitória muito mais gratificante.

Variedade na Jogabilidade: Muito além de Shurikens e Kunais

Um dos pontos altos do título é a variedade de ferramentas ninja à disposição do jogador. Ao longo do jogo, você tem acesso a uma gama de armas que realmente fazem você se sentir como um ninja.

O kusarigama, uma foice acoplada a uma corrente, é uma arma versátil que permite atacar inimigos a uma distância média, evitando entrar em sua zona de perigo. Sua utilidade em situações onde o espaço é limitado é tremenda. Já o tetsubo, um porrete pesado de madeira com espinhos, é perfeito para enfrentar inimigos maiores e mais resistentes.

Ausência de um Tutorial e Duração Curta

Por outro lado, Shadow of the Ninja – Reborn falha em um aspecto fundamental: a ausência de um tutorial. Embora o jogo ofereça um manual detalhado, não há como negar que a inclusão de orientações in-game teria sido uma adição valiosa. Ensinar os jogadores a atacar e a utilizar as ferramentas ninja de forma intuitiva e diegética seria muito mais eficaz do que simplesmente fornecer um texto explicativo.

Outro ponto negativo é a curta duração do jogo. Embora tenha sido adicionada uma fase extra no remake, ainda fica a sensação de que o jogo poderia ter sido maior. Com a base sólida que foi estabelecida, expandir o conteúdo com mais fases, inimigos e desafios teria sido uma escolha acertada.

Um Bom Retorno, Mas que Poderia Ter Sido Inesquecível

Mesmo com essas críticas, Shadow of the Ninja – Reborn continua sendo uma experiência recomendada, especialmente para aqueles que têm uma afinidade com jogos retrô mais hardcore ou estão à procura de um desafio à moda antiga. No entanto, não deixa de escapar a sensação de que, com alguns ajustes, o remake poderia ter alcançado algo ainda maior.

Prós

  • Visuais refeitos mantendo a identidade retrô;
  • Modo cooperativo multiplayer;
  • Dificuldade desafiadora;
  • Inimigos inteligentes;
  • Variedade de Ferramentas Ninja.

Contras

  • Ausência de Tutorial;
  • Duração curta.

Nota

7

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