Maioria dos devs acredita que jogos premium não precisam de microtransações

Em mais um exemplo da diferença de prioridades entre produtoras e quem efetivamente cria os jogos, desenvolvedores declararam não acreditar que games premium precisem de microtransações para serem lucrativos. A informação veio de uma pesquisa realizada na Devcom 2024, que antecipa a Gamescom.

Entre os desenvolvedores entrevistados, 89% disseram que jogos triplo A podem ser bem sucedidos financeiramente no modelo “comprar-para-jogar”. Ou seja, jogadores apenas compram o jogo inteiro e não pagam mais nada por ele.

Imagem de divulgação da Devcom 2024
Fonte: Gamescom

Apesar disso, as microtransações têm ficado cada vez mais comuns em jogos de preço cheio. Antes reservadas para títulos free-to-play, as compras in-game aparecem em títulos de variados gêneros, de diferentes produtoras. Geralmente o foco em “itens cosméticos” ajuda a evitar críticas dos jogadores.

O fato é que “não precisar” das microtransações para ser rentável não significa que o game não geraria mais dinheiro ainda tendo o recurso. É por isso que a Take-Two declarou há alguns anos que não produziria mais jogos sem transações in-game. A CD Projekt Red, por sua vez, foi por um caminho totalmente oposto.

Pesquisa da Devcom não falou apenas de microtransações

A pesquisa entre desenvolvedores da Devcom 2024 traz outros insights interessantes fora do mundo das microtransações. Os entrevistados responderam também, por exemplo, a respeito de crossplatform. Nesse caso, 81% dos participantes consideraram um recurso essencial para jogos premium terem sucesso.

Sem surpresas, a pesquisa questionou os devs sobre IA. 31% dos participantes disseram que preferem usar a tecnologia de maneira mínima em seus trabalhos, com 21% respondendo que pretendem usar IA para código e facilitar o desenvolvimento. Outros 18% dos entrevistados disseram que gostariam de usar o recurso também para marketing e comunicação.

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Por fim, os criadores de jogos falaram ainda sobre as ondas de demissões que têm acontecido no mercado de games. Eles se mostraram pessimistas, com 57% falando que acreditam que as demissões vão continuar no mesmo ritmo ou ficar até mais frequentes nos próximos 12 meses.

Fonte: VentureBeat
Via: WCCFTech


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