[REVIEW] Como é o Novo Sonic Superstars?

Falar de Sonic Superstars é apontar a montanha russa que ele é. Pontos bons, pontos ruins e no meio de tudo isso uma missão de dizer se o game vale a pena ou não, e se vale, pra que tipo de jogador ou, por quanto vale.

Tarefa árdua, afinal, estamos falando de uma das franquias mais amadas por milhões de jogadores no mundo todo, e no Brasil, o Sonic é gigante!

Mas é necessário, Sonic Superstars é um jogo com muito a se falar e é por isso que hoje eu vou te falar todos os seus prós e contras e ponderar elementos como preço, duração, dificuldade, tudo, além de fazer as inevitáveis comparações com outros jogos semelhantes.

AFINAL… VALE A PENA?

Geralmente análises costumam ter vários trechos/capítulos até à conclusão de vale a pena ou não. Mas como há muito pra se falar e muita cosia pode ser boa ou não, ou seja, o relativo aqui é alto, é melhor já abrirmos o jogo com vocês de uma vez:

Sonic Superstars é um jogo que vale a pena ser jogado, ao menos na nossa opinião. Ou seja, se estamos falando numa linguagem de tierlist, que usamos aqui, vamos logo descartar a tier “D – Não Funciona”, ele é um jogo que apesar dos problemas, passa longe de ser quebrado.

Da mesma forma que excluímos as piores avaliações, digo que pode tirar as melhores, S e S+. Existem muitos problemas aqui, técnicos, mas não somente técnicos, de game design também, ou elementos como trilha, arte, enfim…

Isso faz com que ainda tenhamos as tiers A+, A , B+, B, C+ e C, e esse é o problema:

Dependendo do jogador, ele pode assumir qualquer uma delas e por isso a internet tem sido um lugar complicado pra se ter uma opinião sobre o jogo, pois uns estão amando e outros decepcionados.

O LADO BOM AZUL DA FORÇA

Pra começar, a volta de Sonic 2D é real. Após o sucesso de Sonic Mania, a dúvida se a SEGA voltaria a investir numa aventura bilateral pairava, e mais, também nos perguntávamos se ela faria um jogo de maior escopo, afinal, o Mania é uma mescla de homenagem com desenvolvimento mais próximo do escopo indie. Bom, ela fez.

Semelhante à Mario Wonder! Os cenários de Superstars são um misto de novidade e nostalgia. Não são as mesmas zonas/fases do passado, mas elas tem temáticas já conhecidas.

É um jogo multiplayer tela dividida pra 4 pessoas pra pais jogarem com filhos. E aí a gente entra nas duas maiores qualidades de Superstars:

Muitos tem dito que o ponto alto do jogo são os chefes, as batalhas de chefes. De fato, elas tem um papel de destaque, primeiro pela quantidade, são muitos, são variados, e algumas são longas, no sentido de desenvolvidas, com parte 1 e parte 2, enfim. E não só nos chefes, o desafio do jogo está interessante.

Porém, outra coisa que mesmo quem se decepcionou precisa admitir é que o jogo traz muitas ideias novas. Desde os poderes conquistados com as esmeraldas, inimigos novos, modos de jogo extras como o batalha, mas principalmente, elementos novos encontrados em cada fase. São muitos truques novos e mecânicas introduzidas às familiares, criando, novamente o misto de novidade e nostalgia.

E por fim… é sonic 2D… é uma fórmula de jogo boa que agrada muita gente.

Amensagem que fica é que: eles tentaram, pelo menos. Eles criaram, eles arriscaram, e algumas coisas eles acertaram… mas outras erraram.

OS TROPEÇOS ERRADOS

O visual do jogo não está bom. Pode estar aceitável pra uns, charmosinho pra outros, mas, não é um jogo bonito, um exemplo de jogo que você mostra pras pessoas “olha que jogo lindo” e principalmente, um visual que condiz com o valor do jogo.

Por um lado, no Switch isso fica pior, pois, na dock… parece que tá no portátil, é muito serrilhado e show de texturas mal feitas, então, parece mesmo que a imagem do modo dock é a do modo portátil esticado.

Já no portátil, o visual fica melhor, mas a performance sofre com quedas de frames, e justamente em Sonic que é um jogo rápido e que pede mais precisão, isso não pode acontecer.

Por outro lado, no Play5, Xbox Series… também é ruim, afinal…essas pessoas estão com consoles super potentes, pagando quase o full price, pra rodar um jogo mais feio que um jogo de Nintendo Switch que é o Super Mario Wonder…

A trilha sonora é mediana, pelo menos. Quase nada marcante, ela falha principalmente em fases que são longas, ou batalhas de chefes mais trabalhadas, pois nesses casos, fica aquele looping de música pensada pra tocar em fase curta, uma fase longa…

Por mais que as batalhas de chefes sejam pontos altos, elas tem problemas: Primeiro que alguns dos poderes do jogo, quebram muitas batalhas, principalmente a chuva de clones que já é um negócio meio mal feito por si só, que deixa tudo confuso, tem vez que você até se perde, mas enfim, esses clones dão hits nos chefes mesmo com você parado, e OK, é um poder, mas tem vez que eles dão 2 hits, alguns até 3… ou seja…quebrado.

Além disso, o jogo é MUITO ruim em te mostrar onde dá pra acertar no chefe e quando dá pra acertar, te fazendo muitas vezes pular pra cima de um boss inutilmente e até sendo punido por isso.

E isso não se aplica somente aos chefes. No cenário ficam objetos que você não sabe se te dá dano ou não, e mesmo inimigos tem um design problemático nesse sentido, como esse escorpião do deserto, que tem um bola de espinho na cauda, então, obviamente não dá pra pular em cima dele né? … não, pode pular de boa…

Aliás, dano é uma coisa irritante nesse jogo. Diversas vezes você leva dano sem entender o motivo, seja um inimigo que apareceu do nada, um projétil que foi lançado fora do seu alcance de visão ou mesmo um inimigo que estava fora da sua visão e aí você pulou e.. surpresa!

Os minigames pra conseguir coletáveis secretos são repetitivos, muito constantes a ponto de você fugir deles mais pro fim do jogo e psicodélicos de um jeito que… vai ter gente tendo dor de cabeça.

Outro problema recorrente no game design são sobre perspectivas. O jogo alterna entre planos, ou seja, dependendo do caminho que você toma, pode ir pra um segundo plano de fundo, só que… o jogo não desenha bem esse cenário com 2 planos, então tem vez que você tá no plano 1, pula numa plataforma e… “errrooou” aquela plataforma é do plano 2 e toma dano de novo.

Por mais que cada fase introduza novos elementos e num geral, o jogo opte por fases maiores, tem vez que eles perdem a mão, com fases longas e repetitivas, te fazendo perguntar “será que eu tô preso num labirinto andando só pra frente, tipo aquelas fases antigas que tem que pular num lugar específico pra quebrar o looping?” Não… é só ir reto mesmo, o jogo que tá te fazendo passar pela mesma sequência pela terceira vez.

CONCLUSÃO

Como deu pra notar, Sonic Superstars é um jogo que diverte, com coisas boas, mas, ele tem problemas em praticamente todos os seus aspectos, e geralmente é nessas condições que um jogo acaba tendo aceitação tão variada, pois os problemas podem afetar muito pra alguns, já os acertos fazerem outros amarem, e vai ter um pessoal que vai ficar com uma avaliação mista.

No geral, se você gosta dos jogos 2D do Sonic, é muito difícil você sair com um saldo negativo do jogo, entretanto, aqueles que esperam um dos melhores jogos de plataforma da atualidade vão se decepcionar, ele é uma recomendação segura para os fãs do Sonic, quem é mais “neutro” pode sair com um sentimento de “poxa, legal, mas deveria ter jogado outra coisa com esse tempo”.

Por aqui, olhando de forma neutra, não sentimos que o jogo alcançou a excelência da tier A. Considerando somente a experiência do jogo, o nosso veredito pra ele é B+ por causa dos 2 pontos positivos que mencionamos, ele tem muitas batalhas de chefe, algumas tem problemas de hitbox, outras os poderes quebram, mas no geral, é legal batalhar com tanta variedade de chefes, além de que realmente cada zona tem diversos elementos novos, além de ser uma experiência legal pra pais jogarem com os filhos.

A Arzest tem futuro como desenvolvedora de futuros Sonics 2Ds? A resposta é : sim, desde que eles melhores os problemas de Superstars, e, sinceramente, desde que a SEGA não consiga ninguém melhor, pois a lição que fica é que “jogo bom, é bom por ser feito por desenvolvedores bons”.

NOTA: 6.75/10


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