Olá pessoal, estamos em fim de semana de Mundial de Pokémon, mas o anipoke segue como umas das prioridades na cobertura aqui do site. Dito isso, o episódio mais recente de Pokémon Horizons foi deveras interessantes para mim, pois ele traz à tona um clichê de anime que particularmente não gosto quando ele é mal elaborado: Estou falando daquele momento em que o protagonista precisa aprender uma lição de vida.
Meio off-topic, mas que serve como um bom exemplo: eu assisti todos animes de Yu-Gi-Oh! com a exceção de Go Rush. Eu amo Yu-Gi-Oh! como mídia, e o anime é o que até hoje me mantém ligado ao cardgame. Porém, um dos tropos recorrentes da animação é quando o protagonista ou algum personagem central da história precisa aprender uma lição para seu desenvolvimento pessoal — sempre que isto acontecia, é normal que as pessoas levem a pior de alguma forma para terem um choque de realidade, e a partir de seu erro, poder ficar mais forte. No entanto, nem sempre era dessa forma que as coisas funcionavam.
Lembro-me de quando acompanhava semanalmente Yu-Gi-Oh! Vrains, que, pasmem, talvez seja o anime que os fãs menos gostam. Mas Vrains ainda possuía episódios memoráveis, quando lá no arco final, perto do clímax, Revolver e Soulburner travam um duelo para resolverem suas diferenças. Entrando um pouquinho no campo de spoilers, em suma, aquele momento serviu para mostrar a redenção de Revolver enquanto Soulburner tinha dificuldades de reconhecer seus esforços de se tornar uma pessoa melhor e perdoá-lo. Não era um duelo sobre vencer ou perder, eu entendi isso na época, mas Soulburner precisar vencer para perdoar e reconhecer Revolver definitivamente não era o melhor caminho a se seguir, ainda mais quando o rapaz se mostrava bastante imaturo para entender o recado que seu ex-inimigo queria passar.

Entendem? Depois desse desfoque, voltamos a Pokémon Horizons, quando Roy, o segundo protagonista foi diagnosticado com excesso de confiança e arrogância e isso o levou à ruína. O episódio é muito sobre você levar um tapa na cara pra largar de ser convencido e assim aprender a segurar um pouco a bolinha, sacou. Portanto, vamos ao resumo que vocês vão entender melhor o que aconteceu.
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Quando aprender com a derrota é essencial
Enquanto subiam a Glaseado Mountain, os Trovonautas enfim chegam à Montenevera para o segundo teste Terastal do menino Roy. Com muito pressa de desafiar a Gym Leader Ryme, as crianças acabam indo para um local onde irá rolar um show, que é um evento bem comum na cidade. Detalhe que, Roy havia conhecido Ryme lá no episódio maluco do Annihilape, mas ele não sabia o nome dela na época e nem que ela seria a pessoal que iria testá-lo.

Mas antes de desafiá-la, Roy é convidado para uma batalha de pré-show com um NPC caricato de Pokémon Scarlet e Violet, que leva seu Sableye para o octodromo contra o Fuecoco de Roy. O NPC acaba perdendo, mas Liko, Dot e Nemona – que estava vagando por lá – notaram como Roy e Fuecoco parecem se sentir mais fortes quando cantam e dançam, enquanto o próprio Roy corrobora com isso. E isso meus amigos, é o cerne do episódio e mesmo antes da batalha principal a gente já consegue saber o que vai rolar.

Pulando algumas etapas desnecessárias, a batalha entre Roy e Ryme então se inicia. Serão dois Pokémon de cada lado, começando com Kilowattrel contra o Houndstone. A estreia do pássaro já evoluído em uma batalha séria foi um total fiasco, o que se espera de um Pokémon que não teve a devida atenção e tampouco experiências em batalha. Roy apenas o fez “spammar” o movimento Spark, dando a entender que era apenas isso que o pássaro sabia fazer depois de tanto tempo ao lado de seu treinador. O resultado, uma reviravolta do cachorro fantasma que emplacou um Phantom Force seguido de um Crunch que deitou facilmente a ave.
Agora vem o ás de Roy, Fuecoco, que performa bem graças a sagacidade de Roy em prever de onde sairia Houndstone depois de usar o Phantom Force, emplacando um Flamethrower bem na cara dele, assim o nocauteando. Um pouco forçado, na minha opinião, mas serviu para mostrar o quanto Roy estava confiante além da conta, gritando para todos ouvir que, quando canta e motiva seu Pokémon, nada pode pará-lo.
Ryme certamente não ficou feliz ao ouvir isso e decidiu punir a atitude do pirralho ao jogar seu às, Toxtricity em campo. Aqui não vale muito apena narrar o embate, apenas digo que o Pokémon guitarrista colocou Fuecoco e Roy no seu devido lugar. Até mesmo um Terastal desesperado não serviu de nada, e Ryme nem precisou usar o Terastal dela para concluir a batalha. Resultado: Roy foi completamente amassado. E ainda tem mais: Ryma ainda diz que Roy está desqualificado como parceiro de Fuecoco e também do teste Terastal pela performance terrível do garoto.

São palavras duras para se dizer a uma criança, mas se Roy pretende se colocar à frente de grandes perigos ele precisa ser um treinador capaz, e isso inclui mentalmente. Claro, ele ainda terá a chance de uma revanche, e ao perceber a seriedade nos olhos de Nemona enquanto observava Roy, tudo indica que ela será a tutora do jovem para que ele possa aprender com seus erros.

Um episódio essencial para o amadurecimento de Roy
Foi um episódio sensacional para o que ele quer apresentar aos telespectadores. Eu sempre via Roy como um rapaz que apenas se deixa levar pelo momento e não focando de verdade em seus objetivos. Aqui foi realmente um choque de realidade no garoto e espero que seja o ponto de virada para sua evolução durante o anime.

Para dizer a verdade, essa temporada em si foi focada totalmente no aprendizado através dos erros. Ao meu ver é uma boa forma de desenvolver protagonistas crianças e também dar exemplo às crianças que acompanham o desenho. Penso que este tratamento deveria ter sido similar com o Go de Pokémon Jornadas, que só colecionava conquistas sendo que o rapaz até então era um recluso sem quaisquer experiência no mundo Pokémon em contraste com o Ash — por isso entendo perfeitamente a frustração dos fãs para com o personagens.
Estou ansioso para ver como Roy vai superar essa derrota humilhando e sinto cheirinho de evolução do Fuecoco vindo ai, hein!
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