Review | Rusted Moss

Desenvolvedora: faxdoc, happysquared, sunnydaze
Publicadora: PLAYISM
Gênero: Ação e aventura estilo Metroidvania
Data de lançamento: 20 de Junho, 2024
Preço: R$ 59,99
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela PLAYISM.

Revisão: Marcos Vinícius

Ao meu ver, são dois elementos que fazem um metroidvania funcionar: o game design e a movimentação. Um não anda sem o outro: nada basta um mundo convidativo, embora labiríntico, recheado de surpresas quando não se há aquele upgrade que permite o player ter mais liberdade no mapa; assim como nada adianta um personagem com dashes e malabarismos a mais em um mapa truncado.

Rusted Moss compra a aposta e dobra: o primeiro power-up do jogo já proporciona uma mecânica de movimento que, pessoalmente, não tinha visto em jogos similares. O jogo, assim, gira ao redor de uma grappling hook com um aspecto elástico, e o mapa é construído para oferecer o máximo de opções de movimentação ao redor dela.

Um pouco de contexto

O mundo de Rusted Moss é coberto em musgos. As construções abandonadas e o cenário dominado por máquinas cria uma sensação de abandono, reforçando a narrativa por trás da obra. Aqui, o mundo é dividido entre humanos e fadas, e a nossa personagem vive na divisa do conflito entre os dois grupos. Em um primeiro momento, somos jogados em um mundo sem contexto, mas aos poucos vamos conhecendo um pouco do passado da protagonista a partir das interações com outras personagens espalhadas pelo mapa; principalmente enquanto bosses.

A história é, sem dúvidas, um aspecto importante aqui. Afinal de contas, somos ordenados a juntar os pedaços de Titania para pôr fim na era humana, resgatando a era de magia. Os conflitos da protagonista movem a trama de forma bem espaçada, deixando-nos curiosos mas sem nos deixar sobrecarregado de informação. Assim, somos deixados em um mapa bem construído, coeso e cheio de oportunidades de movimentação, acompanhados por um sistema de movimentação bem diferente do usual.

Grapple Hook Elástico

Uma vez passado o primeiro Boss, recebemos o power-up mais importante do jogo. Apesar de aparente similar aos grapples hooks de tantos outros jogos de plataforma, aqui temos um diferencial: sua elasticidade.

Podemos fixar o cabo em qualquer superfície com musgo, porém a mecânica da corda não é rigída, e acompanha de forma fluída a movimentação do player. Em queda livre ao ancorar o gancho? O impulso te jogará para cima com alta força. Buscando escalar uma montanha ingrime? Experimente fazer um balanço na vertical, ganhando força ao ir contra a tensão da corda.

Sendo 100% transparente, nem consegui tirar uma screenshot do uso da corda tamanha complexidade física. E não digo em um sentido negativo, truncado, que cria experiências complexas como get over it ou Octodad, mas sim no sentido fluído, orgânico e prazeroso. A mecânica é extremamente bem apresentada, em um tutorial bem completo, e o jogo já abre em uma bifurcação para seguirmos o caminho padrão ou em uma montanha extremamente difícil de escalar, que recompensa a curiosidade com pedaços de lore.

Sem sombre de dúvidas, esse é o grande diferencial da obra, e fico feliz que o mapa aproveite bem o power-up. Bosses exigem o uso rigoroso do grappling hook, e os desafios ambientais impactam nas físicas da corda (como a movimentação é afetada com ventos fortes, por exemplo?). Ao mesmo tempo, o jogo não se alonga em demasia para causar fatiga, entregando um excelente pacote ao saber exatamente o que pode proporcionar de novo.

No mais

Claro, o jogo ainda conta com muitos outros elementos. No quesito sombate, nossa personagem tem acesso a um arsenal amplo de armas, todas com diferenciais específicos e que fazem a rotação valer à pena dependendo do desafio. Podemos, além disso, equipar diferentes pins com efeitos passivos diversos, mecânica bem inspirada em Hollow Knight, bem como o recurso de recuperar vida a partir de um gauge acumulado em combate.

No mais, Rusted Moss se trata de um metroidvania extremamente competente, com um gancho de gameplay que o diferencia de jogos similares no mercado e que com certeza causa impacto aos players. Há muito pouco a se criticar aqui: não encontrei nenhum bug, o sistema de mira poderia ser um pouco mais intuitivo e o mapeamento de botões poderia ser um pouco melhor implementado, mas é uma fácil recomendação àqueles que buscam um metroidvania para jogar em poucos dias.

Prós:

  • Sistema de locomoção inovador;
  • Boa apresentação e estética convidativa;
  • Bom desenho de mapa.

Contras:

  • O sistema de mira das armas e do gancho é pouco intuitivo no controle.

Nota:

9

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