Desenvolvedora: BeXide
Publicadora: BeXide
Gênero: Quebra-cabeças de física e raciocínio
Data de lançamento: 13 de junho, 2024
Preço: R$ 29,99
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela BeXide.
Revisão: Paulo Cézar
Sendo bem direto: Fruit Mountain trata-se de um jogo de quebra-cabeças de raciocínio baseado em física, porém, é mais fácil dizer que é um “Suika Game em 3D”, sacou?
Está é mais uma pedrada da BeXide, um estúdio japonês que venho acompanhando a algum tempo. Eles inclusive, desenvolveram títulos que já cobrimos aqui no NintendoBoy, como Super Bullet Break e Yohane the Parhelion – NUMAZU in the MIRAGE –, que são experiências bem distintas e divertidas. Fruit Mountain, no entanto, embora esteja mais para um clone de Suika Game, ele tenta subverter a experiência através de sua apresentação e na perspectiva.
Vai ser um análise bem rapidinha para os meus padrões. Portanto, caso tenha se descoberto um viciando na fórmula apresentada em Suika Game e deseja uma experiência um pouquinho diferenciada, recomendo que fique neste texto até o final para saber se eu aprovo ou não Fruit Mountain. Vamos lá!
Você curte puzzle games?
Meu tipo favorito de jogos de quebra-cabeças são aqueles que você não “quebra a cabeça” tentando resolve-los, mas sim o que requer um viés estratégico com o mínimo raciocínio possível, tipo Tetris.

Neste caso, eu sou o tipo de jogador que joga com o cérebro desligado até que uma situação de aperto me force ajeitar a postura e eu comece jogá-lo em “modo sério”. Quem nunca, né? Por isso, Suika Game combinou bastante com meu gosto pessoal, a ponto deu ir atrás de algumas de suas variações apenas torcendo para que alguém fosse mais longe que a AladdinX.
PuzzMiX por exemplo, não muda a perspectiva do estilo de jogo e, em vez disso, aposta em uma experiência voltada para o fanservice no que diz respeito às musicas de Azure Striker Gunvolt que você pode ouvir e alterna-las enquanto joga. Uma ideia muito boa por sinal. Por outro lado, ele era apenas o feijão com arroz da experiência geral.
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Fruit Mountain no entanto, não é muito diferente, não. Você pode achar que combinar frutinhas em um cenário tridimensional poderia agregar em algo, mas, na verdade, ele assume a mesma apresentação do jogo no qual se baseia. Na verdade, ele nem é tão ousado assim, o que de certa forma me faz ficar um pouco decepcionado. Falarei mais sobre a seguir.
Explicando a jogabilidade
Fruit Mountain é o que se espera de uma “experiência Suika Game”: combine frutas do mesmo tipo para criar uma fruta maior e que possa ser combinada com outra, assim acumulando pontos. Se alguma fruta cair da bandeja, você perdeu o jogo.

A simplicidade desta proposta faz com que Fruit Mountain seja acessível para qualquer perfil de jogador, desde crianças até adultos que só querem esvaziar a mente com algo que não seja um RPG de mais de 100 horas de grinding ou diálogos a fio. Ou seja, você não precisa ser fã de puzzle games. O looping de gameplay desatencioso e viciante é atraente por si só, e o preço também contribui para isso. Portanto, acredito que o jogo é bem-sucedido com o tipo de nicho que ele quer atrair.
Contudo, acredito que o maior defeito de Fruit Mountain seja pela sua falta de versatilidade de movimentação. Quero dizer, ele é um jogo 3D baseado em física e raciocínio, mas por ser um jogo tridimensional espera-se que tenhamos uma movimentação livre em volta da bacia para uma visão mais ampla das frutinhas que se perderam no centro, só que não é este o caso. Ele apenas se move na horizontal, então isso meio que quebra a parte estratégica da coisa.

Para além disso, Fruit Mountain ainda oferece um complementar, o modo speedrun, em que devemos fazer o máximo de pontos possível em um tempo de três minutos. Claro, também existe o Ranque Online para comparar sua pontuação diariamente, semanalmente ou mensalmente com jogadores do mundo inteiro, mas isso aqui é o básico do básico, entende?

Minha crítica é: Fruit Mountain tenta subverter este “novo” gênero de jogo através da apresentação visual, mas é só isso mesmo. A mesma experiência que você tem com Suika Game ou algum outro derivado mais contido, você terá neste também. Talvez estivesse esperando por alguns “subelementos”, mas juro que minhas expectativas estão perfeitamente alinhadas e que ele ainda é um jogo bastante competente ao que se propõe.
Para a alegria dos meus inimigos, não houve prolixidade neste texto
Eu realmente não tenho muito a agregar aqui, haha. É aquela mesma receita de bolo só que visualmente distinta e nada mais. Fruit Mountain desempenhou bem seu papel e acredito que seja uma boa alternativa para quem procura algo esteticamente mais agradável e com uma música de fundo menos irritante que a de Suika Game, ou talvez menos otaku que PuzzMix. O jogo de quebra ainda tá em português, daqueles bem mal feitos, mas é melhor que nada. Bem, eu nem sei por que estou citando isso, pois estes jogos nem precisam estar traduzidos para ser sincero.
Prós
- Outro bom clone de Suika Game;
- Cenário 3D atraente;
- Tem PT-BR, mas sério, você nem vai se importar.
Contras:
- A movimentação não é dinâmica, o que tira bastante do viés estratégico do jogo;
- Falta de modos complementares;
- Música em looping estraga parte da experiência.
Nota Final:
6,5
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