Review | Of the Red, the Light, and the Ayakashi Tsuzuri

Desenvolvedora: HaccaWorks*
Publicadora: HuneX
Gênero: Visual Novel, Joseimuke
Data de lançamento: 29 de fevereiro, 2024
Preço: R$ 246,13
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela HuneX.

Revisão: Marcos Vinícius

Of the Red, the Light, and the Ayakashi Tsuzuri nos conta a história de Yue, um jovem que vive num templo junto de criaturas para lá de especiais, os ayakashis. Tendo um ritmo pacato e até aconchegante, vemos, de forma lenta, a transição de um universo tranquilo para uma tragédia anunciada.

Com uma narrativa simples, elementos místicos e uma arte agradável, temos a impressão de estar lendo uma fábula. A intenção de sua história não é nos entregar uma visual novel que seja futuramente considerada um dos grandes títulos do mercado, mas sim nos entregar algo que nos marque no fundo de nossa alma e nos faça questionar qual era a verdadeira mensagem que aquele conto nos queria passar.

É hora da refeição

Akaaka começa com Yue e seu melhor amigo, Kurogitsune, participando escondidos de um festival da cidade. A principio, o protagonista era proibido de sair do templo que vivia, mas após conhecer algumas pessoas que o marcaram, fora permitida que ele fosse na cidade quando quisesse sob o seguinte adendo: que escolhesse alguém para ser sua refeição.

Os ayakashis, apesar de se alimentarem de comida normal, precisavam se alimentar de humanos para adquirir poder e fortificar sua presença. Yue então começa a sua missão de conhecer melhor os rapazes que encontrou durante o festival para então escolher quem ele comerá.

Com o passar dos dias, vemos laços serem formados mas que em breve serão destruídos, afinal, comer alguém significa que a pessoa sumirá. Além disso, ao ser comido, a pessoa também desaparece das memórias dos outros humanos, como se nunca tivesse existido naquele universo. Com metas e sentimentos de lados opostos, deve Yue seguir as ordens da Deusa Mikoto, ou deve ele seguir o que seu coração clama? Enquanto sofre com seu conflito interno, o relógio continua a girar.

O significado da nossa existência

Até então, Yue vivia de forma apática. Apesar de estar rodeado de outros seres, a verdade é que aqueles não se importavam com o protagonista e sim com aquele que residia dentro dele. Yue era apenas um recipiente que guardava o espírito do Deus Shin, que havia perdido seu corpo num incidente muito distante.

Por estar ciente de sua situação e entender que não adiantaria fazer nada, ele passa a maior parte de seus dias dormindo sem encarar diretamente o que seus olhos veem. Pela sua falta de apetite, ele sabia que em algum momento seria descartado e que logo seria substituído por um novo recipiente. Ao despertar interesse por alguns humanos, Yue tem a chance de, enfim, se tornar parte do grupo de ayakashis do templo.

O principal ponto da história de Akaaka é nos fazer entender até que ponto ser submisso e obediente pode impactar a nossa forma de viver e também como nós podemos impactar aqueles a nossa volta. Esse grande ciclo de escolhas e decisões podem nos levar a um resultado amargo, causando insatisfação e desprazer ao adquirir boa parte dos finais.

Existindo dentro de você

Apesar de ser popular entre aqueles que gostam de BL (boys-love), a obra não entrega nada dentro desta linha. A história não passa de um livro, uma fábula, contada no formato visual novel para poder apresentar as diversas ramificações que só esse tipo de media consegue fazer. Honestamente falando, não consigo entender tamanha popularidade.

Tentando passar uma grande mensagem, Ayakashi Tsuzuri é conduzido de tal forma semelhante a um conto direcionado à crianças. Não existe muita profundidade e nem uma construção bem-feita de seus personagens. Com um começo bem lento e diálogos que muitas vezes são redundantes, a jogatina se torna um martírio para aqueles que não foram conquistados pela obra.

Além disso, a sua tradução deixa a desejar apresentando alguns trechos sem tradução durante a jogatina, com uma dessas cenas sem tradução fazendo parte da última cena do último final da última rota. Por fim, não poder entender completamente o que está acontecendo logo no final foi apenas mais uma gota dentro do copo de insatisfação que senti lendo Akaaka.

Prós

  • Elenco de peso;
  • Elementos da mitologia japonesa.

Contras:

  • Trechos sem tradução;
  • Campanha curta demais;
  • Desinteressante.

Nota Final:

6

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