Desenvolvedora: Otomate
Publicadora: Aksys Games
Data de lançamento: 27 de julho, 2023
Preço: R$ 249,94
Formato: Digital/Físico
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Aksys Games.
Revisão: Marcos Vinícius
Radiant Tale é a mais nova Otome Visual Novel desenvolvido pela Otomate em parceria com a Idea Factory, sendo publicada pela Aksys Games aqui no Ocidente. O jogo consiste numa aventura circense e com um prazeroso senso de jornada, além de alguns tópicos interessantes sendo abordados.
Com um elenco de personagens bastante carismático e uma direção de arte deslumbrante, Radiant Tale me conquistou com tranquilidade, enquanto traz como seu diferencial o clima animado, que a aventura carrega durante a maior parte do tempo, que inclusive é responsável pelo excelente contraste do peso dramático em cenas mais catárticas.
Sem mais delongas, vamos nos jogar de cabeça nesta aventura Otome encantadora que é Radiant Tale, assim como nossa protagonista, nesse épico circense.
A história de um coração congelado
Radiant Tale se estrutura ao redor da missão do grupo CIRCUS, que se encontra com a jovem Tifalia, a nossa protagonista, ao longo de suas aventuras.

O supracitado grupo tem como objetivo causar sentimentos bons nas pessoas para salvar o príncipe de seu reino. No entanto, devido a complicações maiores e estruturais do mundo, nada nessa jornada é muito simples. Ainda assim, com amizade, otimismo e uma pitada de amor, tudo é possível!
Embora Radiant Tale possua uma ambientação e clima animados, com uma espécie de mundo de fantasia dos mais coloridos e vivos, isso não o isenta de ter uma boa dose de drama como esse gênero de jogo já é famoso por ter — eu não pretendo enganar ninguém com isso.
No entanto, isso na verdade é um dos pontos fortes de Radiant Tale. Entrelaçar a história dos personagens aos locais da história é enriquecedor e dá uma andamento e ritmo bom para a sua narrativa.
A fantasia nos pretendentes
Os integrantes do CIRCUS, que nada mais são que nossas escolhas de pretendentes amorosos, se entrelaçam bem com os elementos fantásticos da trama, sendo alguns de raças diferentes da humana ou possuidor de poderes mágicos de alguma natureza. Tudo é bastante charmoso e criativo e eu acho esse um dos pontos mais altos da caracterização destes personagens.
Ainda assim, nenhum deles é exatamente revolucionário, por exemplo: Vilio é animado e extrovertido, além de claro um dragão; Zafora, o palhaço cínico, é o clássico estereótipo de personagem esperto, distante e objetivo; enquanto Paschalia é o rapaz gentil com contrato com espíritos da água.

Ainda assim, apesar da natureza simples para as ideias dos personagens, todos eles são muito bem escritos e nos conquistam justamente pelo lado mais humano, o que eu considero uma qualidade, visto que em algumas obras do gênero os rapazes são apenas perfeitos. Aqui, todos tem sua cota maior ou menor de fragilidade ou insegurança.

Ademais, não consegui de forma geral aproveitar a presença de Ion ou Radie. O primeiro inclusive, sendo um homem simples e visto como bruto de fora, mas que na verdade é bastante gentil. Eu acho que esse tropo além de não agregar muito ainda destoa um pouco com o clima geral do jogo.
Enquanto para Radie, eu não consegui superar o fato de ele começar como um pet de Tifalia. É simples assim, um pet, e eu entendo que o rapaz funciona para outros jogadores. Eu admito que a relação dele com a protagonista é sempre emblemática mas também não vai a lugar algum no sentido de abordar temas mais polêmicos, sendo apenas um desconforto para mim.

Ainda assim eu sei e entendo que essas rotas podem ser chamativas e interessantes caso você goste dos tropos, estou apenas compartilhando minha experiência com a história, mas eu genuinamente consigo ver qualidades nesses personagens.
Curte Otome Games? Então dê uma chance a Radiant Tale

De modo geral, eu achei Radiant Tale revigorante, desde a sensação de jornada que justifica o ampliamento dos laços entre os personagens, até os personagens que são surpreendentemente bem escritos, mesmo os que não me agradam.
O clima grandioso das apresentações e o ritmo assertivo de sua narrativa, além do tamanho adequado que entrega conteúdo o suficiente em cada rota mas sem ficar cansativo tornam esse uma obra que eu recomendaria muito fácil para novatos no gênero. Além disso, os menus vistosos e toda a estilização circense é bastante agradável, as imagens são extremamente bonitas também, bem como a trilha sonora que ajuda muito a imprimir a sensação do mundo e da história.
Para veteranos, no entanto, ainda recomendo, com a ressalva de conhecer os personagens e decidir se gostam de algum. Eu particularmente tive dificuldade para engrenar no começo da história por isso, mas eventualmente acabei me acomodando confortavelmente o Paschalia, e quando dei uma chance vi que todos eram verdadeiramente bem escritos. Ainda assim consigo ver outras pessoas tendo um pouquinho de dificuldade para engrenar na relação com esses personagens como aconteceu comigo.
Prós
- Direção de arte impecável;
- Elenco de personagens bem escritos e esteriótipos à gosto do jogador;
- Bom ritmo com o senso de jornada.
Contras
- Os personagens podem não ser imediatamente carismáticos, precisando de um pouco de resiliência para clicar com a história.
Nota:
9
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