Conheça 10 jogos incríveis de Wii que estão no Nintendo Switch

Revisão: Paulo Cézar

O Wii é lembrado pelos fãs da Nintendo como um dos consoles mais importantes e revolucionários da empresa. Com o inovador Wii Remote que usava a tecnologia de um acelerômetro para criar controles de movimento, o console de sétima geração da gigante japonesa recebeu um extenso e excelente catálogo de jogos que marcaram época, com vários deles sendo relançados para outros videogames futuramente, incluindo o Nintendo Switch.

Neste artigo, nós iremos dar uma olhadinha em 10 jogos incríveis de Wii que receberam ports para o híbrido da Nintendo, seja em um port simples em HD, remasterização ou remake. Para me ajudar com esta tarefa, chamei meu amigo Pablo Camargo que também faz parte da equipe do NBoy! Desde já, agradeço ele por aceitar meu convite.

Super Mario Galaxy

Sendo um dos jogos mais aclamados do italiano bigodudo da Nintendo, Super Mario Galaxy chegou as prateleiras em novembro de 2007, exclusivamente para o Wii. O terceiro jogo 3D do Mario é sempre muito bem lembrado pelos fãs, não apenas por sua jogabilidade impecável e toda sua criatividade, mas também por ter uma atmosfera um pouco diferente de qualquer outro jogo da série na época: Super Mario Galaxy é épico, uma verdadeira aventura pelo espaço que faz de tudo para empolgar o jogador o máximo que conseguir.

Tentando acrescentar a essa atmosfera épica que quer passar, a maioria da trilha sonora do game foi orquestrada, criando algumas das melhores e mais marcantes músicas não só da franquia Super Mario, mas da indústria como um todo.

O jogo foi relançado no Nintendo Switch em Setembro de 2020 junto de Super Mario 64 e Super Mario Sunshine por meio da coletânea Super Mario 3D All-Stars. As melhorias foram poucas, mas efetivas: a mais notável é que o game está em HD, ao invés dos 480p que era padrão para jogos de Wii.

Agora o jogo também pode ser controlado apenas com botões, sem a necessidade de balançar os Joy-Cons para atacar como era feito com o Wii Remote. Apesar de não estar mais a venda oficialmente, a versão 3D All-Stars de Super Mario Galaxy é a versão definitiva de se jogar o game, e definitivamente foi importante para alcançar uma nova legião de fãs que nunca haviam o jogado antes.

Go Vacation

Go Vacation é um título interessante. Lançado em 2011, ele é uma coletânea de 50 minigames baseados em esportes que se passam em 4 ilhas distintas. As ilhas são abertas, e o jogo pode ser jogado em até 4 jogadores simultâneos.

Apesar da recepção mista no lançamento, o game recebeu um remaster para o Switch ainda em 2018, adicionando um modo online, novos minigames e animais espalhados pela ilha que o jogador pode fotografar. Não houveram grandes mudanças gráficas, mas o game agora roda em HD (como esperado) e a 60 frames por segundo sem maiores quedas. É a versão definitiva de um jogo bem subestimado!

Sonic Colors: Ultimate

Os anos 2000 foram complicados para o Sonic. Nenhum lançamento da franquia, por mais esforço que a Sonic Team parecesse colocar parecia ser bem recebido, tanto pela crítica especializada quanto pelos fãs. Em uma época em que a fé no mascote da SEGA parecia atingir um baixo inédito, Sonic Colors chegou em 2010 para dar uma relaxada nos fãs e mostrar para o mundo que o Sonic estava de volta.

Mesmo que seja um pouco simplório, Sonic Colors é muito lembrado pelos fãs por ” salvar a franquia”, sendo um jogo divertido, colorido, bonito para os padrões do Wii e com uma trilha sonora excelente, como é de padrão da série.

Em 2021, para comemorar os 30 anos de Sonic foi lançado Sonic Colors: Ultimate, que tinha a missão de trazer o que era considerado um dos melhores jogos do ouriço para um novo público fora do Wii. O port infelizmente foi lançado recheado de problemas — muitos dos quais já foram corrigidos por meios de atualizações —, mas em seu coração ainda era Sonic Colors com algumas novidades.

A opção de customizar as meias e luvas do ouriço foi adicionada além do Rival Rush, um modo onde Sonic aposta corrida contra o Metal Sonic pelas fases do game. Apesar de não ser considerada a versão definitiva, Sonic Colors Ultimate é um método válido e bom de se jogar o que é considerado por muitos um dos melhores jogos do ouriço.

Super Monkey Ball: Banana Blitz HD

Lançado em 2006, Super Monkey Ball: Banana Blitz chegou com a missão de simplificar a já estabelecida fórmula de Super Monkey Ball para um novo público pro Wii. O resultado foi competente: o game é bem mais fácil que seus antecessores, incluindo um botão de pular pela primeira vez na série e alguns corrimões para impedir que o jogador caia das fases, já que o game era 100% controlado pelos controles de movimento do Wii.

Já em 2019, Super Monkey Ball: Banana Blitz HD foi relançado como um teste para ver se ainda havia interesse na série. O remaster dá uma repaginada visual completa no título, além de adicionar novos modos, um ranking online e até mesmo uma câmera para tirar fotos dos carismáticos macaquinhos da SEGA!

O game continua sendo uma boa porta de entrada para a franquia, e é um título que eu recomendaria bastante para quem nunca jogou os 3 primeiros jogos lançados para o GameCube ou o Banana Mania, também lançado para o Switch alguns anos mais tarde.

The Legend of Zelda: Skyward Sword HD

Após o sucesso dos remasters de Ocarina of Time, Majora’s Mask, Wind Waker e Twilight Princess, fãs da série Zelda começaram a pedir por um tratamento parecido para The Legend of Zelda: Skyward Sword. Lançado em 2011 e demonstrando a tecnologia do Wii Motion Plus, Skyward Sword foi bem recebido pela crítica especializada, mas misto para os fãs.

Por um lado, tínhamos um tradicional Zelda, com um belo estilo de arte, uma magnífica soundtrack e o que possivelmente é a melhor história de toda a série, sendo uma história de origem para a Master Sword e se passando no começo da linha do tempo, antes mesmo da fundação de Hyrule. Por outro, o jogo foi durante criticado por seus excessivos tutoriais, ritmo mais lento e a exploração bem superficial.

Skyward Sword HD chegou em 2021 para resolver alguns desses problemas e dar uma segunda chance a um jogo que eu pessoalmente considero fantástico.

O remaster não possuí muitas novidades, ele é muito mais focado em correções, como diminuir as diversas interrupções da Fi e acessibilidade, deixando o jogo completamente jogável apenas com botões. Apesar disso, essas poucas correções e mudanças melhoram muito o ritmo do jogo e o transformam na versão definitiva deste grande game.

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Xenoblade Chronicles: Definitive Edition

Xenoblade Chronicles é um moderno clássico da Nintendo, lançado no Wii em 2010 no Japão, e localizado para a Europa e América alguns anos depois. O primeiro título desta série que hoje já conta com 3 jogos da saga principal e um “spin-off” foi muito bem recebido pela crítica e pelos fãs devido a uma narrativa madura, reviravoltas empolgantes, personagens bem desenvolvidos, cenários vastos para o console e um gameplay inovador para o gênero que simulava o estilo de MMO RPGs em um jogo single player.

O mundo de Xenoblade é habitado por dois povos principais que vivem numa incessante guerra, temos aqueles que vivem no titã orgânico Bionis, e os que vivem no titã mecânico Mechonis, respectivamente chamados de Homs e Mechons. Na história acompanhamos Shulk, um jovem Hom que empunha a lendária espada Monado, cuja principais habilidades são poder cortar Mechons com facilidade e fornecer ao herói a capacidade de ver possíveis futuros, dando a Shulk a possibilidade de alterá-los tanto na história, quanto no sistema de combate do jogo.

A versão remasterizada para o Nintendo Switch saiu em 2020, com não apenas um grande e necessário aprimoramento gráfico ao título, mas também trazendo diversas melhoras de qualidade de vida para a experiência, e um epílogo para a história principal: Future Connected, que não apenas traz uma melhor resolução para uma das personagens do jogo base, como também serve de setup para alguns eventos que vemos em Xenoblade Chronicles 3 e Future Redeemed, fazendo com que esta versão, como o nome implica, se torne a maneira definitiva de jogar o começo desta incrível franquia que não para de alcançar mais fãs.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe

Kirby’s Return to Dream Land, original de 2011, marcou o retorno de um jogo tradicional da franquia aos consoles de mesa da Nintendo após um longo tempo aparecendo apenas nos portáteis da empresa. Aqui seguimos a clássica estrutura de jogos do Kirby, onde passamos por diversos níveis simples absorvendo habilidades dos inimigos no caminho, sendo as principais adições do título as Super Habilidades, em que Kirby pega um poder extremamente poderoso do inimigo, e a presença de um divertido modo cooperativo de até 4 jogadores durante a campanha do título.

O jogo começa quando a nave de uma criatura de outro mundo, Magolor, cai em Popstar, então Kirby, Dedede, Meta Knight e Bandana Dee decidem ajudar Magolor a encontrar as peças de sua nave quebrada pelo planeta para que o visitante possa voltar a seu mundo. E apesar de não ser um título revolucionário, ele foi bem recebido como uma ótima volta a fórmula para a franquia com gráficos charmosos e um gameplay bem divertido, em especial quando jogado com amigos.

A recente remasterização do jogo saiu para o Switch em fevereiro deste ano (2023) e conta com gráficos cartunescos belíssimos, ainda mais powerups para a bolota, um parque de diversões onde podemos jogar diversos minigames divertidos e equipar máscaras de diversos personagens da franquia, além de contar com um novíssimo epílogo focado em Magolor, onde o controlamos em uma aventura na busca por seus poderes perdidos.

No More Heroes 1 & 2

Uma das joias raras do Wii, No More Heroes é uma curta e empolgante franquia da Marvelous, dirigida por Suda51, No More Heroes conseguiu criar uma modesta e fiel fanbase com os dois jogos que lançou no Nintendo Wii, adorados por seu gameplay frenético e diferenciado, humor característico do diretor cheio de quebras da quarta parede, e uma trama cheia de reviravoltas absurdas.

Na franquia acompanhamos Travis Touchdown, um otaku quebrado financeiramente que após gastar o resto do seu dinheiro em uma espada laser acaba se envolvendo com a ” Associação Unida dos Assassinos” e entra numa missão para matar os 10 assassinos mais prestigiados do grupo. O jogo se passa numa área aberta, onde o jogador percorre e explora até encontrar seu próximo alvo para riscar da lista, além de ter a chance de realizar diversas atividades extras para conseguir mais dinheiro e investir em armas, roupas, treinos, etc.

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Abrace a insanidade coerente de No More Heroes 3! Uma crítica ao esvaziamento dos símbolos praticado de forma atroz pela indústria moderna de entretenimento.

E a experiência se torna ainda melhor no Switch, com uma melhor resolução, framerate em 60fps, todo conteúdo extra da versão de PS3 que saiu posteriormente, e dando a opção de manter os controles de movimento ou utilizar apenas comandos tradicionais na jogatina. A sequência do título, No More Heroes 2: Desperate Struggle também deu as caras no Switch com todas as mesmas melhorias que o primeiro, tonando-se as versões definitivas destes clássicos que certamente são merecedores de sua atenção, e servem de preparação para o 3º título da série que também já está disponível no console.

FATAL FRAME: Mask of the Lunar Eclipse

E falando no Suda51, o mesmo dirigiu e ajudou a escrever FATAL FRAME: Mask of the Lunar Eclipse, primeiro título da série de terror japonês da Tecmo em um console da Nintendo após o co-criador da franquia ter se interessado na proposta do Wii e até mesmo ter alcançado a Nintendo para uma parceria sobre o título que seria lançado em 2008 exclusivamente para o console da empresa.

Neste capítulo da franquia acompanhamos um grupo de garotas que após terem sido sequestradas durante um festival, foram encontradas sofrendo um grave caso de amnésia, e 10 anos depois duas das sobreviventes e o detetive que as encontraram decidem retornar à ilha do ocorrido para desvendar o que aconteceu em seus passados.

Os personagens se movem de uma maneira bem lenta no estilo “tank control“, e enfrentam espíritos usando a Câmera Obscura, tirando fotos que causam danos no fantasma de acordo com sua distância, o ângulo e o filme usado, obtendo pontos que podem ser usados como item de troca do jogo para comprar itens nos save points.

Infelizmente, apesar de uma modesta recepção no Japão, o título nunca foi lançado fora de terras nipônicas devido falta de interesse da Nintendo of America em efetuar uma localização. Entretanto, com o recente remaster isso mudou, e agora FATAL FRAME: Mask of the Lunar Eclipse está disponível no ocidente em sua versão remasterizada, que apesar de ter alguns problemas em sua adaptação para consoles modernos, ainda é uma experiência do gênero interessante de se experimentar.

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Chegando ao ocidente depois de quase 15 anos, FATAL FRAME: Mask of the Lunar Eclipse, quarto título da franquia Fatal Frame, traz uma aventura esquecida repaginada com novos visuais, mas que ainda possui velhos problemas.

Okami HD

Apesar da versão de Wii não ser a primeira do jogo, tendo saído apenas em 2008 no console da Nintendo, enquanto o lançamento original para PS2 foi em 2006, Okami é um título muito interessante de se citar devido ao uso dos controles de movimento do Wii, distanciando-se dos comandos mais tradicionais das outras versões. A execução em si é divisiva, com muitos jogadores adorando usar o Wiimote para criar as pinturas do jogo, enquanto outros abominam a decisão que também se estendem a outros aspectos da jogatina.

Em Okami vemos uma história fortemente inspirada em mitologia japonesa, onde acompanhamos como o mundo foi salvo pela deusa do Sol: Amaterasu, na forma de um lobo branco. O aspecto mais chamativo do jogo sem dúvidas é seu belíssimo estilo artístico que usa de gráficos com cel shading  para replicar pinturas do estilo Ukiyo-e, um popular estilo japonês antigo, e o título faz isso de uma forma impecável. A temática de pinturas também aparece em forma de gameplay com a Celestial Brush, um pincel mágico que o jogador pode utilizar para interagir com o mundo, criando soluções para puzzles ou auxiliando no combate.

A versão de Okami no Switch traz diversas melhoras em comparação com o lançamento de Wii, sendo a mais notável a melhoria visual, fazendo com que o jogo, que já era encantador em 2008, se torne ainda mais belo. E como uma bela resolução a controvérsia dos comandos da versão de Wii que limitava suas opções, em Okami HD fica a cargo do jogador escolher como deseja configurar seus comandos para as pinturas, seja por movimento do analógico, controles de movimentos, ou até mesmo pela tela tátil do híbrido.

E ai, gostaram?

E aqui estão 10 jogos de Wii que foram lançados para o Nintendo Switch! Alguns possuem mais novidades e foram mais bem trabalhados que outros, mas eu diria que são 10 grandes games que merecem ser checados por conta própria.  Claro, existem diversos outros relançamentos que não foram mencionados aqui por um motivo ou outro. Mais uma vez, gostaria de agradecer ao Pablo por me ajudar escrevendo metade dessa lista.

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